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ATUALIZADO EM 26.06.2005

LIBYAN ARAB AIRLINES

Autor desconhecido
Destroços do 5A-DAH no deserto

O Boeing 727-224 de prefixo 5A-DAH estava realizando o vôo 114, que decolou de Tripoli (Líbia) com destino a cidade do Cairo (Egito), levando a bordo 113 pessoas. Pouco depois das 14 horas, após uma escala em Benghazi, também na Líbia, aconteceu o inesperado. Já sobrevoando território egípcio, a aeronave começou a se desviar da rota, na altura da cidade de Sidi Barrani. Sobrevoando o sul da capital do país, Cairo, o Boeing 727 passou pela cidade e se aproximou do Golfo de Suez, chamando a atenção dos radares militares de Israel naquele local e levando uma dupla de aeronaves F-4E Phantom II, decolarem para verificar do que se tratava. Os pilotos rapidamente identificaram o Boeing líbio, interceptando-o e dando instruções com as mãos para que o 5A-DAH os seguisse e pousasse. Como não obtiveram resposta, balançaram as asas dos seus caças e dispararam balas traçantes com o canhão do F-4E, sempre sem resposta aparente.

Já sobre a Península do Sinai, o Boeing 727, com os trens e flaps baixados, fez uma curva para o Oeste e baixou para 1.500 metros de altitude (aproximadamente 5.000 pés). Porém, como o jato comercial não respondeu aos apelos dos caças israelenses, os F-4E abriram fogo e atingiram a ponta da asa direita do avião líbio com os canhões, que explodiu em chamas. Mesmo assim, o 727 iniciou o que parecia ser uma descida controlada, mas aos poucos, o fogo foi se alastrando pela asa até a fuselagem. Os pilotos tentaram um pouso com os trens recolhidos, mas a aeronave acabou se chocando fortemente contra o solo, a 15 quilômetros do Canal de Suez. Os pilotos dos caças israelenses afirmaram que uma explosão final na direção do trem de pouso direito ocorreu aproximadamente no mesmo instante em que o Boeing colidiu com o solo. 108 pessoas morreram instantaneamente, na queda do 5A-DAH em pleno deserto do Sinai, salvando-se apenas quatro passageiros e o co-piloto, todos com vários ferimentos. As investigações mostraram que apenas um dos três motores do Boeing 727 estava funcionando na hora da queda.

O vôo estave na rota certa a maior parte do tempo, somente desviando-se para o leste pouco tempo antes da interceptação. Todavia, quando a aeronave reportou estar na altura da cidade de Qarum, estava a mais de 150 Km daquele local, para o Sudeste. Por isso, todas as instruções de tráfego deixavam o Boeing 727 ainda mais longe de sua rota normal de vôo. A causa, aparentemente, foi um forte vento de cauda. Na maior parte do vôo, o 5A-DAH esteve sobre nuvens, duas camadas de stratocumulus. Somente sobre o Sinai é que o chão voltou a ser visível, ocasião em que a tripulação notou que algo estava errado e então, os sistemas de auxílio do Cairo estavam fora do alcance. As investigações da ICAO também mostraram que os equipamentos do aeroporto da capital egípcia estavam funcionando corretamente, com exceção do radar de aproximação.

O que se presumiu no relatório final é que os pilotos líbios se perderam e depois, não entenderam as ordens dos pilotos israelenses. Quando eles finalmente corrigiram o rumo do Boeing 727, levantando o trem de pouso e os flaps, passaram a impressão de estarem fugindo, o que levou ao ataque. O Ministro da Defesa de Israel, Moshe Dayan, admitiu depois o erro de julgamento na derrubada da aeronave e o governo israelense concordou em indenizar os parentes das vítimas.


Foto: W Fischdick
O 727-224, prefixo 5A-DAH é visto em 26 de setembro de 1972 em Paris.

DADOS PRINCIPAIS


  • Data e hora: 21.02.73 - 14h10
  • Lugar: Sinai - Israel
  • Empresa: Libyan Arab Airlines
  • Vôo: 114
  • Aeronave: Boeing 727-224
  • Número de Série: 20244
  • Prefixo: 5A-DAH
  • Pessoas à bordo: 09 tripulantes + 108 passageiros = 113
  • Vítimas fatais: 08 tripulantes + 100 passageiros = 108



Fontes: Aviation Safety Network e AirDisaster.Com



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