AMERICAN AIRLINES

O vôo 625, entre Providence, Nova Iorque e St.Thomas, partiu de Nova Iorque ao meio-dia da terça-feira, 27 de abril de 1976. O tempo, previsto como ruim, melhorou na rota da aeronave e a tripulação do 727 cancelou seu plano IFR (por instrumentos) e prosseguiu VFR (visual), às 15h04. Na aproximação para o pouso, entretanto, o comandante escolheu para o sistema de orientação vertical da pista 09 para guiar o pouso no pequeno aeroporto Harry S. Truman em Saint Thomas. Na altura de 1.500 pés e o 727 interceptou o sinal de pouso e, neste momento, estava com flaps em 15º e com uma velocidade de 160 nós. Durante a aproximação, os flaps foram novamente ajustados para 25 e 30 graus, sucessivamente (a American Airlines concluiu que os 40º recomendados no manual de operações da empresa para aquele aeroporto, nunca chegaram a ser ajustados naquele dia). Com este ângulo de aproximação, a velocidade estava mais de 10 nós acima do indicado, quando o 727 cruzou a cabeceira da pista, ainda entre 9 e 12 metros de altura. Mais de trezentos metros depois do início da pista, uma turbulência inicial, baixou a asa direita e fez a aeronave "flutuar"; as asas forasm niveladas, mas o 727 continuou "flutuando" por algum tempo, só tocando o solo entre 660 e 700 metros após o início da pista, momento em que o comandante pensou não ser capaz de parar a aeronave no restante da pista. Neste instante ele iniciou os procedimentos para arremeter, abrindo totalmente as manetes de aceleração do motor, até então cortadas para obrigar o 727 a tocar na pista. Por alguns instantes, em razão de uma ausência na sensação de aceleração do boeing, a tripulação cortou novamente os motores e tentou frear novamente. O avião, com seu nariz em ângulo de 11º para cima, buscando a decolagem, ultrapassou os limites da pista e atingiu uma das antenas do aeroporto. A ponta da asa direita foi cortada por uma elevação próxima a antena e o 727 continuou, batendo em um aterro, iniciando um salto que o levou a atravessar uma rua em frente ao aeroporto, vindo a cair do outro lado, em um posto de combustível, vinte metros depois dos seus limites, em chamas. A causa apontada foi o comandante, tanto em suas ações como em seus julgamentos, iniciando uma arremetida com pista insuficiente, resultado de uma aproximação longa, que foi atribuída a um desvio de conduta em relação ao disposto para aquele aeroporto, juntamento com o encontro de condições adversas de vento, estas últimas comuns naquele local. Outro fator que contribuiu para o acidente, foi o desconhecimento, pelos pilotos, das características de arremetida do boeing 727, uma vez que a demora em sentir a resposta da aceleração aplicada durante o pouso era normal, pois os motores estavam em "ponto morto" e precisariam de alguns segundos para voltar a dar potência total novamente. Se eles estivessem em regime normal de vôo, a resposta seria mais rápida, mas o próprio comandante cortou toda a aceleração para tentar jogar o 727 na pista, quando este "flutuou" e não desceu como previsto.

DADOS PRINCIPAIS