IBERIA

Equipes observam os destroços do EC-DDU

Operando como vôo 610, o Boeing 727 caiu quando estava se preparando para pousar no aeroporto de Sondica, na cidade de Bilbao, ao final de uma viagem iniciada em Madrid, com 148 pessoas, 141 passageiros e 7 tripulantes, todos mortos no acidente.

O desastre ocorreu a 30 quilômetros a sudeste do aeroporto, na fase intermediária de aproximação para pouso na pista 30, utilizando-se do sistema VOR/DME e ILS. Após estabilizar a aeronave por breve período a 2.000 e depois a 1.500 metros, conforme instruções da torre de controle, o 727 continuou a descer e estava voando a quase um minuto abaixo da altitude mínima para o setor, 1.327 metros quando bateu contra uma torrre de televisão situada no Monte Oiz, com 30 metros de altura, enquanto voava a 385 km/h, no rumo 96 graus e iniciando a perna de aproximação, em configuração de pouso praticamente completa, incluindo o trem de pouso baixado. A asa esquerda foi arrancada pela violência do impacto e o 727 caiu invertido na montanha, a uma altura de aproximadamente 1.040 metros, espalhando seus destroços pela encosta. Não houve incêndio nos restos do 727, apenas alguns focos isolados na região do estabilizador traseiro e dos motores.

O tempo estava encoberto e a visibilidade era de 4 km na hora do acidente, em meio a névoa. Acredita-se que o primeiro oficial estava conduzindo a descida, auxiliado pelo piloto automático, com o capitão controlando a altura e fazendo chadamas a cada 1.000 pés. Ele havia, inclusive, selecionado o alerta de altitude para 1.310 metros, mas o 727 não nivelou nesta altura nem avisou aos tripulantes sua passagem, ou porque o piloto não apertou o botão "ALT SEL", ou porque o avião passou rápido pela altura, enganando o sistema ou mesmo por ter sido desligado, inadvertidamente, pelos tripulantes. Apesar do 727 ter sido liberado para operação padrão de descida, o primeiro oficial, aparentemente, decidiu por um procedimento mais rápido. Além disso, acredita-se que o comandante tenha falhado no monitoramento tanto das tarefas do seu primeiro oficial, quanto de sua própria responsabilidade. Por último, ordenou-se a revisão das cartas de aproximação do local, pois nem o Monte Oiz nem a antena estavam nas cartas em poder da tripulação do vôo 610.

O 727-256, prefixo EC-DDU na cidade de Barcelona.

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