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OS 727 CARGUEIROS NO BRASIL

SEÇÃO ATUALIZADA EM 06.09.2002

INTRODUÇÃO

Na realidade o 727 originalmente e ao longo de sua produção teve pouca ligação ou vocação para o transporte puramente de carga. Da versão 727-100, nenhuma aeronave saiu de fábrica com configuração puramente cargueira, o hoje chamado 727-100F. O que ocorreu foram conversões posteriores de aeronaves de passageiros ou o uso de versões 727-100C, esta última com com piso reforçado e porta lateral dianteira de carga instaladas pela fábrica (nas mesmas dimensões das utilizadas pelos 707-320C) e que foram utilizadas unicamente como cargueiras. Note-se que a versão C podia ser empregada no transporte simultâneo de carga/passageiros, somente carga ou ainda, somente passageiros, de acordo com a vontade do operador.

Da mesma forma, o 727-200 só foi produzido como versão cargueira (727-200F - sem acomodações para passageiros e desprovido de janelas) nas últimas 15 unidades, encomendadas pela Federal Express, que até hoje é uma das maiores operadoras de 727 no mundo, tendo desenvolvido até o seu próprio sistema de remotorização para que o modelo atenda as mais recentes normas internacionais sobre ruídos (Stage III) e que hoje ela vende para clientes no mundo todo (quase 800 kits já vendidos para mais de 60 operadores). Portanto, como se vê, a grande maioria dos 727 de carga que vemos hoje em dia são conversões ou modelos "Combi" empregados somente como "Freighters".


Boeing 727 Combi (misto de passageiros e carga)

Pode-se dizer que nos dias de hoje há mais 727 voando como cargueiros do que como aviões de passageiros, especialmente no Brasil onde há quase uma dezena de cargueiros em operação (Fedex, Varig, Vaspex e Total) e apenas 05 voando com passageiros (Fly e Via Brasil). Logo, vê-se que ocorreu uma inversão no emprego desta aeronave, que inicialmente concebida para levar passageiros até onde os jatos não podiam chegar e que depois foi sendo gradualmente relegado ao transporte de cargas. Quando utilizado em configuração única de carga, o 727-100 pode acomodar até oito pallets de carga no piso principal (equivalente a 18 toneladas) e o 727-200 pode acomodar até 12 pallets (27 toneladas). No mundo inteiro, empresas de carga adquirem 727s usados e remotorizam (ou não) estes aviões para uso em transporte de mercadorias, especialmente na África e na América do Sul.



O EMPREGO DO 727 CARGO NO BRASIL


Em nosso país o trijato da Boeing foi (e em alguns casos ainda é) empregado na condição de cargueiro pela Varig (opera 06 em dados de setembro de 2002), Transbrasil, Vasp, Vaspex (opera 02 em dados de setembro de 2002), Digex, Itapemirim, TNT Sava e Total (opera 03 em dados de setembro de 2002), além de alguns de empresas estrangeiras que regularmente operam aqui no transporte de carga, como o 727-200 da Federal Express, baseado em Campinas/SP.

Com matrículas brasileiras, um total de 27 aeronaves voaram/voam pelas empresas nacionais na condição de puramente "freighter" (este número deve crescer ainda em 2001, com a entrada em operação de mais um ou dois 727-200F na Total). O modelo mais utilizado sempre foi o 727-100, mas a cada dia mais aumenta o uso dos 727-200F, operando como cargueiros por empresas de bandeira brasileira. Das companhias brasileiras mencionadas acima, Vasp, Transbrasil, Itapemirim, Digex e TNT não contam em suas frotas com mais nenhum 727 cargueiro (ou mesmo na versão de passageiros), uma vez que as primeiras encerraram o ciclo do Boeing 727 e a Itapemirim, Digex e TNT encerraram suas atividades. Hoje voam quinze aviões 727 em nosso país, sendo quatro 727-100 (VarigLog), todos cargueiros e doze 727-200, dos quais mais da metade (sete) transportam apenas carga (VarigLog, Vaspex e Total).


Boeing 727-200F da Vaspex


NOTA E AGRADECIMENTOS

Agradeço ao amigo Marcelo Magalhães da Radar Associação Aeronáutica pelo envio desta matéria de sua autoria. Algumas alterações foram feitas no texto mas apenas para atualizar os dados da época (1997) para hoje (2002). O texto original está no jornal da Radar Associação Aeronáutica, número 24, de dezembro de 1997.