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Vasp

Última Atualização: 10.12.2006

A HISTÓRIA DA VASP


A empresa paulista foi criada em 4 de novembro de 1933 como Viação Aérea São Paulo - Vasp, operando inicialmente duas aeronaves Monospar ST.4. No dia 12 de novembro do mesmo ano, os dois aviões foram batizados com os nomes de Bartolomeu de Gusmão e Edu Chaves, recebendo as matrículas PP-SPA e PP-SPB, respectivamente, iniciando as atividades aéreas com as decolagens de um para Ribeirão Preto (SP) e outro para Uberaba (MG). Apesar de ter tido um bom início e com novo aporte de 400:000$000 (quatrocentos contos de réis), que dobrou seu capital inicial, a empresa, devido aos contínuos prejuízos operacionais que ascendiam a 12$500 (doze mil e quinhentos réis) mensais, teve que pedir auxílio aos governos Estadual e Municipal antes de completar um ano de operação. Ao apresentar suas pretensões, a Vasp baseou-se na subvenção que era concedida aos demais serviços públicos, entre eles o transporte ferroviário, assim como no exemplo de outros países onde as empresas de transporte aéreo pertenciam ao governo, que as favorecia com subvenções ou isenções tributárias. Os Governos do Estado e do Município concordaram com os motivos, porém, optaram não por subsidiar, mas sim assumir o controle acionário da empresa, com plenos direitos de administração. Isso foi aceito pela diretoria e acionistas da Vasp como única forma de viabilizar a empresa, que ainda era o principal objetivo de todos os fundadores. Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 10 de março de 1935, a Vasp foi transformada em Sociedade de Capital Misto com o controle acionário pelo Poder Público, teve seu capital elevado para 3.000:000$000 (três mil contos de réis), e somente depois, pelo Decreto Estadual n.º 7308 de 05 de julho de 1935, passou a receber uma subvenção anual de 500$000 (quinhentos contos de réis). Teve início então o ciclo da história da Vasp como empresa estatal.

Nos anos seguintes, cresceu sua frota e sua malha de rotas, e com o apoio dos aviões alemães Junkers JU-52/3m, com os quais passou a ter grande participação no mercado nacional, inclusive inaugurando em 1936, a rota São Paulo-Rio de Janeiro. Após a 2ª Gerra Mundial, a Vasp conseguiu aeronaves mais modernas, como o Douglas DC-3 (dos quais chegou a operar 27) e o Curtiss C-46. Na década de 50, a Vasp sentiu novamente a necessidade de melhorar seu equipamento e optou pelo Saab Scandia, em especial pelo fato deste decolar do aeroporto Santos Dumont sem restrições e também por ter um preço bem mais convidativo do que seu concorrente, o Convair-240. Os anos 50 são conhecidos na empresa como a década do Scandia, não só pelo que a aeronave significou para a companhia em termos de avanço técnico e resultados comerciais, mas também pelo fato de ter sido a Vasp a única operadora de todas as 18 unidades fabricadas, dentre as quais o protótipo. A chegada dos Viscount-701 deu início à transição para as aeronaves à reação, isto é, turbo hélices e jatos puros, que passaram a caracterizar a frota da empresa nesta década e na seguinte. Na primeira metade dos anos 60, a frota da empresa era composta por modelos DC-3, DC-4, DC-6, C-46, Scandia e Viscount. Em 1967, a empresa fez novo esforço para melhorar sua frota e colocou em operação seus dois primeiros jatos, do modelo BAC 1-11, seguidos de oito YS11 Samurai, de origem japonesa e quatro Boeing 737-200. Com a aquisição das empresas e aeronaves já citadas, a VASP passou a servir 32 cidades em 21 estados e dois territórios, o que significava estar presente em todo o território nacional. Nos anos 70 colocou em sua frota o EMB-110 bandeirante e no final da década, passou a operar também o Boeing 727 e depois, nos anos 80, o Airbus A300 (em novembro de 1982) e os 737-300. Em 1990, a empresa foi privatizada e passou a pertencer ao grupo VOE/Canhedo, que a controla desde então, tendo operado após a privatização, uma frota que incluiu os modelos DC-8, DC-10, MD-11, 727-200, 737-300 e 737-400, alguns dos quais só como cargueiros. Em grave crise, sem voar desde janeiro de 2005 e sob intervenção desde março daquele ano, a empresa continua tentando um acordo com seus credores para tentar voltar aos céus. Em 26 de julho de 2006 houve assembléia de credores e acordos tem sido firmados. Porém, há ainda um longo caminho pela frente, havendo a esperança de que a empresa volte a voar em 2007, mas só no mercado nacional. No momento, a empresa efetua serviços de manutenção para outras empresas em suas instalações no aeroporto de Congonhas em São Paulo e tem sua frota de Boeings 727-200F, 737-200 e Airbus A300-B2K espalhados pelo Brasil. (dados revista Flap Internacional - nº 409 - outubro de 2006).


O BOEING 727 NA VASP


A Vasp queria o modelo 727-200 em suas rotas há mais tempo, porém apenas em 1977, recebeu autorização para comprar as aeronaves diretamente da Boeing, sendo a única empresa brasileira a operar o modelo 200 em linhas regulares entre as quatro grandes (as demais, Varig, Cruzeiro e Transbrasil, operavam apenas o modelo 727-100). O total de 727 operados pela empresa, até hoje, soma 15 aeronaves, incluindo o PP-SFQ que não voará mais. Em 1980, doze aviões 727 operavam pela Vasp e entre eles dois 727-030C, arrendados da Lufthansa, que atuavam como cargueiros desde 1979, ambos nas cores básicas da empresa alemã, apenas com o nome Vasp na fuselagem e cauda e a inscrição "carga" na entrada de ar do motor central. O último 727-200 de passageiros deixou a empresa em 1989, mas em 1996, foi criada a Vaspex, visando atuar principalmente no setor de pequenas encomendas, trazeno de volta o Boeing 727 para a empresa paulista. A Vaspex, em outubro de 1996, recebeu seus primeiros aviões, matriculados como PP-SFC e PP-SFE, com os quais operou até a chegada do PP-SFF em junho de 1997 e do PP-SFG em julho do mesmo ano. Este último, o PP-SFG, chegou nas cores de sua antiga operadora, a Qatar Airways, e foi convetido em cargueiro nas oficinas da própria Vasp em São Paulo, sendo finalizada a conversão no mês de novembro de 97, elevando a frota da empresa para quatro 727-200F e mais dois 737-200F (ambos ex-Vasp) e um DC-10-30CF.

Entretanto, problemas nos últiumos anos na principal empresa do grupo, a Vasp, ameaçaram a Vaspex, que foi obrigada a reduzir o total de 727-200 para apenas 2 aviões. O PP-SFE e PP-SFF foram retomados por falta de pagamento e hoje voam com a Varig Log. Além disso, a Vasp havia trazido ao Brasil um dos 727-200 da sua subsidiária Lóide Aéreo Boliviano, o CP-2294, para ser transformado em 727-200F nas suas oficinas em São Paulo, mas a aeronave está parada no pátio da empresa desde 1999, já com a porta de carga, mas sem motores. Comenta-se que a aeronave não tem mais condições de vôo, sendo considerada como PT (perda total), porque a porta de carga foi cortada no local errado, o que não é confirmado pela empresa. O braço de carga da empresa paulista, que tem a mesma pintura da Vasp, apenas com a adição do "EX" em vermelho após o nome e a inscrição "CARGO" na entrada de ar do motor central, responde hoje por 30% da receita do grupo controlado por Wagner Canhedo, operando em 4.000 localidades no Brasil. A Vaspex operou, além dos dois 727-200F, dois 737-200F dos quais era dona, tendo devolvido o DC-10. Todas as aeronaves, porém, pararam de voar em janeiro de 2005.(dados revista Flap Internacional - nº 409 - outubro de 2006).




Prefixo
Serial/Line #
Modelo
Entrega
Observações
PP-SFC
21071 (1143)
727-264 (A) (F)
23/06/75
Fora de Uso - REC
PP-SFE
22166 (1725)
727-243 (A) (F)
17/03/81
Desativada
PP-SFF
20880 (1037)
727-2J7 (A) (F)
07/11/74
Desativada
PP-SFG
22425 (1698)
727-2Q4 (A) (F)
22/12/80
Fora de Uso - GIG
PP-SFQ
22079 (1588)
727-2J4 (A)
02/11/80
Desativada
PP-SMK
21348 (1287)
727-212 (A)
26/09/77
Desativada
PP-SRK
21347 (1282)
727-212 (A)
30/08/77
Acidentada
PP-SNE
21341 (1253)
727-2A1 (A)
19/04/77
Desativada
PP-SNF
21342 (1256)
727-2A1 (A)
29/04/77
Desativada
PP-SNG
21345 (1673)
727-2A1 (A)
16/10/80
Desativada
PP-SNH
21346 (1675)
727-2A1 (A)
21/10/80
Desativada
PP-SNI
21600 (1679)
727-2A1 (A)
03/11/80
Desativada
PP-SNJ
21601 (1694)
727-2A1 (A)
12/12/80
Desativada
PP-SRY
19310 (0395)
727-30C
18/04/66
Desativada
PP-SRZ
19311 (0399)
727-30C
28/04/67
Desativada


Para mais fotos de aviões desta empresa, veja a seção FOTOS BRASILEIRAS