Voltar ao início | Back to the index História do site | Website's history 727's para seu FS | 727's for your FS Notícias | News Kits | Kits História | History Fotos | Pictures Dados técnicos | Technical data Download | Download Links | Links Aeronaves brasileiras | Brazilian planes Acidentes | Crashes

SISTEMAS DO BOEING 727

Última Atualização: 10.12.06


SISTEMA DE COMBUSTÍVEL


O sistema de combustível do Boeing 727 é composto de várias células nas asas e também na parte central das asas, dentro da fuselagem. Há várias opções extras de tanques para o 727 (das quais não falaremos aqui), mas o padrão é que cada uma destas áreas principais abasteça um dos motores da aeronave e são identificados como Tanque 1, Tanque 2 e Tanque 3 (assim como os motores) e ligam-se aos motores correspondentes, sendo então chamados "tanque/motor". O tanque número 1 está contido inteiramente na asa esquerda e o número 3 na asa direita. Já o tanque número 2 é composto de uma porção fixa próxima a raiz de cada asa (chamados de seções integrais) e três células removíveis na parte central da fuselagem.


Baseado no desenho de G. Benson


Existem pontos baixos em cada tanque integral que são equipados com válvulas de drenagem de água acumulada, que também servem para retirar o combustível quando for necessário o esvaziamento do tanque. Os tanques podem ser abastecidos por um ponto de pressão localizado na asa direita e por este sistema qualquer um dos tanques pode ser rapidamente enchido (ou esvaziado, se esta for a necessidade). Sobre as asas existem pontos de abastecimento para os tanques 1 e 3 e seu conteúdo pode ser desviado também para o tanque 2 e esta transferência de combustível de um tanque para outro só pode ser efetuada no solo, através de uma válvula manual que está na parte de baixo da junção da asa direita com a fuselagem. Quando o 727 está sendo abastecido por um destes pontos em cima das asas, alguns operadores recomendam o desligamento do APU.

Um sistema eletrônico monitora a quantidade de combustível e informa estes dados simultâneamente no painel do engenheiro de bordo e na central de abastecimento. Existem respiros nos tanques para acomodar o fluxo do líquido em casos de manobras rápidas da aeronave e o combustível que entra nestes respiros são levados para dois reservatórios nas pontas das asas e depois drenados novamente para os respectivos tanques adjacentes, números 1 ou 3. Há ainda uma abertura na ponta de cada asa que serve como respiradouro dos tanques e ajuda a manter em níveis seguros, a pressão dentro deles. O tanque central possui outro sistema, separado do primeiro, para sua ventilação e drenagem.


Baseado no desenho de G. Benson


Voltar para o início da página

BOMBAS DE COMBUSTÍVEL

Oito motores de corrente alternada atuam bombas dentro dos tanques dos 727, duas nos reservatórios de números 1 e 3 e quatro para o conjunto chamado de tanque 2. A corrente elétrica para as bombas é distribuída de maneira a garantir que a falta de um dos circuítos não cause uma completa perda do sistema nos tanques. Se ocorrer tal avaria no sistema elétrico e todas as bombas de um doa tanques deixarem de funcionar, um sistema de válvulas desvia o combustível do tanque em questão para o tanque principal.

As válvulas com as faixas vermelhas são de abastecimento, as com a faixa amarela são de drenagem, as de faixa preta servem para cruzar o fluxo, as de faixa amarela são as de descarga da ponta das asas, a com a cruz laranja é para esvaziamento manual dos tanques, os círculos brancos são estações de abastecimento e embaixo, em preto, estão os motores.

Voltar para o início da página

AQUECEDORES DE COMBUSTÍVEL

Existe em sistema de aquecimento de combustível que previne a formação de cristais de gelo no nos canais de distribuição aos motores. O fluxo de combustível passa por um trocador de calor (acionado por um jato de ar) logo antes da entrada do filtro de combustível. O aquecimento é realizado devido ao desvio de uma pequena parte do fluxo de ar do compressor do motor para esta troca de calor. Depois de aquecer o combustível, este ar é levado para o duto de exaustão do sistema de refrigeração de óleo do motor. O controle deste sistema é feito através de comutadores existentes no painel do engenheiro de bordo e sua operaçãoé confirmada por luzes azuis que indicam o trânsito do ar aquecendo o combustível e é normal que haja um aumento na temperatura do óleo do motor que está recebendo este jato de ar quente. Lâmpadas de aviso para o congelamento do combustível estão localizadas junto aos comutadores do sistema de aquecimento e são acionadas se for detectado diferenças de pressão entre os filtros dos motores. O circuíto entende esta diferença de pressão como uma das conseqüências da formação de cristais de gelo que estejam bloqueando o fluxo normal. Se estas luzes de aviso não se apagarem com a aplicação do sistema de aquecimento, o filtro pode ser entupido.

Voltar para o início da página

MEDIÇÃO POR GOTEJAMENTO

Um sistema calibrado de gotejamento é instalado em cada tanque. Ele pode ser usado para determinar o nível de combustível em cada um deles quando o avião está fora de operação. Quando retira-se a tampa de proteção e o orifício de gotejamento é aberto na parte inferior da asa, o combustível desce pela haste que existe neste local e começa a pingar por uma abertura próxima da base. Esta haste deve ser novamente levantada pelo orifício vagarosamente e depois abaixada novamente, até que se obtenha um fluxo constante de combustível pelo sistema. A quantidade é lida pelas marcações existentes nesta haste, de cima para baixo e o sistema pode ser calibrado para mostrar as informações em polegadas, libras ou quilos. Este sistema está localizado na linha central dos tanques (perto da parte interna dos tanques 1 e 3 e perto da parte interna do tanque integral da asa direita para o sistema de tanques 2. Outros medidores adicionais podem ser instalados e a mínima quantidade medida pelo sistema é 938 libras.

Voltar para o início da página

ENCHENDO E ESVAZIANDO OS TANQUES

Abastecimento e esvaziamento rápido do combustível é possível, através da estação de abastecimento de alta pressão localizada na asa direita. Um sistema volumétrico ou hidro-mecânico pode acionar o desligamento automático do sistema quando o tanque estiver cheio. Qualquer quantidade que não a total pode ser obtida com o fechamento manual do sistema, através da válvula de pressão. Um sistema de abastecimento por gravidade pode ser utilizado para os tanques 1 e 3, diretamente pelas aberturas de abastecimento na parte superior das asas. Já o tanque número 2, nesta modalidade de abastecimento, é alimentado pelo desvio do combustível dos tanques 1 ou 3.


Extraído do "Boeing 727 Operations Manual" editado pela Boeing Co.


Voltar para o início da página

CAPACIDADE DOS TANQUES - MODELO 727-100

  • TANQUE NÚMERO 1: 1793 galões americanos (5.450 Kg) por pressão e 1752 galões americanos (5.326 Kg) por reabastecimento manual em cima da asa.

  • TANQUE NÚMERO 2: 4094 galões americanos (12.445 Kg) por pressão e 4094 galões americanos (12.445 Kg) por reabastecimento manual em cima da asa.

  • TANQUE NÚMERO 1: 1793 galões americanos (5.450 Kg) por pressão e 1752 galões americanos (5.326 Kg) por reabastecimento manual em cima da asa.

  • TOTAL DE COMBUSTÍVEL: 7680 galões americanos (23.345 Kg) por pressão e 7598 galões americanos (23.097 Kg) por reabastecimento manual em cima da asa.

    OBSERVAÇÃO: 1 galão americano representa 3.785 litros

Voltar para o início da página

FONTES UTILIZADAS

Boeing 727 Operations Manual - Vol 2, Chapter 15
(Boeing Co. nº D6-3727-115A / Mar 1977)

Desenhos em cores de G.W. Benson
(http://freespace.virgin.net/john.hedges4/fly/flyindex.htm)

Agradecimentos especiais ao Cmte. Jonas Germenink
da Varig, pelo manual cedido para uso neste site.