Equipes de resgate no local acidente
A tripulação do Boeing 727 YA-FAR da empresa afegã Ariana, estava realizando uma aproximação noturna para pouso na pista 27 do aeroporto de Gatwick totalmente comandada pelo piloto automático e pelo ILS, devido ao mau tempo, que incluia uma névoa congelante e visibilidade de apenas 100 metros. Pouco depois de captado o glide slope, o aviso de que o estabilizador não estava ajustado se acendeu, ao que o comandante respondeu tomando o controle do avião do piloto-automático. Na realidade, a aproximação estava sendo realizada de modo errado, com flaps 15 ao invés de 25, o que fez com que o piloto automático tivesse de baixar demais o nariz da aeronave para manter a descida na razão correta do pouso pelo ILS, o que causou o aviso do estabilizador horizontal. A tripulação, ao invés de notar o ajuste incorreto dos flaps, acreditou que se tratasse de um erro do piloto automático, iniciando a cadeia de eventos que culminou com o acidente, em especial por aumentar ainda mais os flaps para 30 naquele momento, o que aumentou ainda mais a tendência de baixar o nariz do 727 e, por 45 segundos a descida continuou assim, até que o co-piloto disse "estamos a 400 pés". Pouco depois, a apenas 200 pés, o comandante aplicou a potência de decolagem nos motores, mas isso não impediu que o Boeing colidisse com algumas árvores e uma casa, matando inclusive duas pessoas no solo.
O 727 estava começando a levantar seu nariz quando bateu nas primeiras árvores, aproximadamente 2.5 quilômetros da pista. Após ele colidiu com as chaminés de uma casa, atingiu mais árvores, em um impacto que arrancou a ponta da asa direita, tocou o solo com o trem de pouso deste lado, voltou ao ar novamente e chocou-se com outra casa, demolindo-a e explodindo em chamas. Entre os mortos na aeronave, o incêndio foi responsável pela maioria ds óbitos. Entre os 15 sobreviventes do acidente, estavam três tripulantes e 11 passageiros, além de uma criança, filha do casal que morava na casa destruída, morto no acidente. Não se encontrou evidências de problemas nos equipamentos da aeronave, sendo responsabilizada a tripulação, que não monitorou corretamente os instrumentos e a descida.