O Boeing 727 SN-BBG da ADC Airlines fotografado em Shannon, em julho de 1995.
O sol estava quase se pondo, eram 17h00 de 7 de novembro de 1996. Operando como vôo 86, o Boeing 727-231 prefixo 5N-BBG, estava realizando um vôo doméstico de Port Harcourt para Lagos e deveria pousar no aeroporto Murtala Muhammed. Neste mesmo aeroporto estava decolando outro 727, da Triax Airlines que, logo após deixar o solo, quase colidiu com uma aeronave da ELF Petroleum. Alguns momentos depois deste quase acidente, o 727 da ADC caiu em uma lagoa, a 40 quilômetros de Lagos, desintegrando-se no impacto e matando as 143 pessoas a bordo, 134 passageiros e nove tripulantes.
Segundo apurou-se depois, o controle de solo havia terminado prematuramente o serviço de radar ao 727 da Triax, permitindo que ele continuasse a subida rumo ao leste, navegando pelos seus próprios instrumentos, quando ele estava a 5.000 metros. Ao mesmo tempo, retardou a descida do 727 da ADC que estava voando a 7.300 metros (24.000 pés), para que o jato da ELF, voando no mesmo rumo que o avião da ADC (oeste), mas 1.000 metros abaixo (21.000 pés). Entretanto, o controlador se esqueceu que o avião da ADC estava a 7.300 metros quando o liberou para descer até 1.500 metros (5.000 pés). Nesta hora, o controlador pensou que o 727 estivesse voando a 3.000 metros, ou seja, abaixo do 727 da Triax.
O sistema de alerta de tráfego e de risco de colisão (TCAS) do 5N-BBG ativou-se e o piloto tentou uma ação evasiva, rolando a aeronave, mas perdendo o controle do 727 nesta manobra, descendo em ângulo acentuado, com a velocidade aumentando de 515 para 965 km/h e chegou quase a alcançar a velocidade do som antes do impacto, que se deu com o avião de cabeça para baixo. Após este acidente, autoridades de 55 nações propuseram várias recomendações para aumentar a segurança aérea na África.